quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

MEDITAÇÕES XLVI


Há uma canção que ecoa
desde o princípio do tempo.
(Tão raros os Homens
que a souberam escutar.)

A existência inteira
ao seu ritmo sem som dança,
como se uma espécie de vento
percorresse o coração
de cada ente dançante.

(Um olhar veramente vivo
verá como se entregam
em gestos de êxtase puro.)

Nenhuma parte é excluída,
pois que parte pode existir
num todo completo?

Certos do amor primordial,
árvores, pássaros, rios e flores
dançam a luz em si.

Porque não o Homem?







(Fonte: shantagabriel.com)



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